quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Professor efetivo do estado denuncia irregularidades nos contratos.

Eu sou professor efetivo de química (concursado) do Estado desde 2006, e estava na Escola Lagoa Encantada até a semana passada, quando me transferi para uma Escola Semi-Integral. No ano passado, nesta mesma escola, além do meu vínculo como efetivo, assumi um contrato temporário para cobrir uma “lacuna” deixada por uma professora que mudou de escola de forma definitiva.
No ano passado, na referida escola (Lagoa Encantada) havia além de mim, pelo menos, 15 professores temporários (nas disciplinas de matemática, português, física, ciências, sociologia, filosofia, educação física, etc.) todos no ensino regular e em nenhum desses casos ocorreu em substituição de professores com licença, como propagandeado em todos os meios de comunicação pelo secretário de educação, Anderson Gomes. Tanto é verdade, que com a demora na convocação dos temporários “aprovados” na última seleção (aquela com 4.500), devido às queixas do MP, deixou a escola com um déficit de 16 professores no início do ano.
Para comprovar o desrespeito da Secretária de Educação ao MP e a nós professores, que fizemos o concurso de 2008 (eu também fiz e fui aprovado em 6º lugar) a GRE Sul está chamando os professores temporários, “aprovados” na última seleção para essas 16 vagas abertas. Inclusive me convocaram ontem e ligaram novamente hoje perguntando se eu gostaria de assumir uma vaga de química, como estou numa Escola Integral, não pude assumir as aulas que eram nos turnos da manhã e tarde (incompatível com o meu horário). Por ironia do destino, eu ocupei com um contrato temporário uma vaga que deveria ser minha como efetivo durante todo o ano de 2010. Só não continuei nessa condição devido à falta de tempo.
 Em resumo, existem 16 vagas nesta escola que poderiam ser ocupados por nós professores concursados e serão ocupadas por contratos temporários. O secretário pediu mais 15 dias para informar a situação da rede, mas na verdade esse tempo foi pedido para que ele colocasse os 4.500 professores temporários nas escolas e depois dizer ao MP que não precisa convocar os professores concursados. Duvido muito que está situação esteja ocorrendo apenas nessa escola, seria ótimo se todos os nossos colegas fiscalizassem e divulgassem. 

Carta de denuncia na integra, sobre a contratação de professores temporários anuciada pelo governo em janeiro de 2011, enviada ao educAÇÃO BR pelo professor de química da rede estadual de ensino de Pernambuco, Hércules Santiago.  

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