quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tiros em Realengo. Tragédia em escola do Rio de Janeiro

Da WEB
Do educAÇÃO BR

Tiros em Realengo poderia ser o nome desse filme da vida real, uma versão brasileira do que aconteceu em Columbine e virou um premiado documentário de Michael Moore (Tiros em Columbine), fato trágico que ocorreu nos estados unidos em 1999, onde 2 jovens estudantes invadiram a escola que estudavam e fortemente armados abriram fogo contra outros alunos e depois se mataram.

Um caso notadamente policial, uma tragédia sem precedentes no Brasil e até na América Latina, violência esta que não é a que já estamos acostumadas a definir como caso de bullying, mas sua causa pode ter suas semelhanças e fundamento no tal problema e acaba sendo válida sua exposição aqui no educAÇÃO BR, para nossa reflexão, pois casos dessa natureza revelam falhas do nosso sistema educacional e o modo como nossa sociedade pensa e trata nossos jovens.

A cultura de paz, o exercício da cidadania, as consciências politica e social, o respeito ao próximo, as leis, devem ser pilares erguidos na sociedade pela escola, pela educação na formação de um ser social, e se colocam como deveres do estado e da família.

O caso do Rio tem semelhanças com o fato estadunidense em Columbine, que os atiradores eram jovens que tinham perturbações mentais (desenvolvidas) e cresceram em uma sociedade que de certa forma provoca a separação étnica, social entre pessoas de diferentes culturas, credos, religião, classe econômica, fatores que levam ao ódio e conflitos sociais. Os jovens de lá são frutos de sua cultura, de sua sociedade, como em qualquer lugar do mundo. O Rio de Janeiro há muito tempo é um lugar onde a violência é cotidiana, armas, drogas, segregação social, miséria, desigualdades, o contato de crianças e de adolescentes com esse mundo, as relações que eles enfrentam, passam muitas vezes despercebida ou são trabalhadas de forma errada por pais, pelos educadores, pelas autoridades e por toda sociedade.

Precisamos cuidar melhor de nossos jovens, fisicamente e psicologicamente, devemos ter atenção com os exemplos que damos para que tragédias como essas não venham a se repetir, nem aqui, nem em lugar nenhum. A educação é a área responsável por essa e qualquer mudança para melhor na sociedade e todos nós somos os atores funcionais dessa realidade, por tanto, temos que ter mais fé, carinho, compreensão com nossas crianças e seus problemas, suas dificuldades, para no futuro termos uma verdadeira harmonia social, pois “se educarmos as crianças, não precisaremos punir os adultos” e não teremos adultos problematicos, capazes de tamanha barbarie.


FOTO: Escola Municipal do Rio onde ocorreu a tragédia. Jornal do Brasil on line


Hoje às 10h53

Tragédia no Rio deixa em alerta professores de escolas públicas.

 

Colégio onde ocorreu tragédia tinha um rigoroso sistema de segurança.


Agência Brasil 


RIO - A facilidade com que um homem entrou na manhã desta quinta-feira na escola Tasso da Silveira, em Realengo, e atirou em alunos – deixando 11 mortos – causou indignação e medo em professores de escolas públicas do Rio.

 

A professora Vanessa Duarte, orientadora do programa de jovens e adultos na mesma escola no turno da noite, disse que levou um susto com a notícia. “O sistema de segurança da escola é super rigoroso, tem segurança, câmera nos corredores, sistema interno de TV. Todos precisam passar por três portões fechados. Estou até assustada, não sei como esse homem conseguiu entrar e depois sair.”

 

Outra professora de escola pública e moradora de Realengo que preferiu não se identificar saiu do trabalho e voltou imediatamente para casa ao ouvir a notícia. “Meu marido contou que foi grande o tiroteio e que ele chegou a pensar que fosse briga de traficantes na comunidade Nogueira de Sá, que fica ali perto. Ele correu para buscar meu filho que estuda numa escola próxima à Tasso da Silveira.”

 

Ela disse que o incidente deixou-a apreensiva, pois a escola onde trabalha vive aberta e não tem qualquer sistema de segurança. “Trabalho numa escola municipal em Campo Grande, ao lado de uma comunidade com tráfico de drogas e armas. Se isso aconteceu na escola que tem um ótimo sistema de segurança, imagino que seria muito pior se tivesse sido na minha escola”, disse.

 

A secretária municipal de Educação, Claudia Costin, que está em Washington, cancelou seus compromissos no exterior assim que soube do episódio e deve retornar hoje ao Brasil. Ela estava na capital norte-americana para uma palestra e para negociações com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) visando à obtenção de recursos para melhoria das escolas públicas do município do Rio  de Janeiro.

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