terça-feira, 21 de junho de 2011

´Royalties do pré-sal devem ir para educação´

Divulgação - D.N
Continua hoje em Fortaleza o debate sobre inovação, reunindo experiências do setor, no Centro de Convenções

Do educAÇÃO BR.

Investimentos na educação é uma questão de "educação" dos que estão à frente no governo. É essencial ter esta atenção, se o pré-sal é uma riqueza, sua prosperidade só será real se o país tiver retorno, e este seria a melhoria da qualidade de vida da população, bilhões e até trilhões de quê serviriam ao Brasil se as atuais realidades dos problemas absurdos nos nossos sistemas de saúde e educação continuassem a existir?
É uma conclusão óbvia, investir em educação, ciência e tecnologia, em inovações, nos nossos jovens é que fará o Brasil rico. Trilhões ganhos com nossas riquezas minerais, não necessariamente.

Do Diário do Nordeste.

Destinar os ganhos com os royalties do Pré-Sal para investimentos em educação, ciência e tecnologia. Essa é a meta do ministro da pasta, Aloísio Mercadante, que esteve ontem em Fortaleza, para a abertura da XI Conferência Anpei. De acordo com ele, não é possível que os estados pensem em projetos de curto prazo, como calçadas e outras obras de infraestrutura, em detrimento de projetos de longo prazo, que podem contribuir para o desenvolvimento do País.

E os recursos serão muitos. Mercadante disse que já são 20 bilhões de barris de petróleo certificados, podendo chegar a 40 bilhões, com a expectativa de alcançar a quantia de R$ 5 trilhões com a negociação dos mesmos.

Investimentos em inovação
Para além dessa questão, outra mudança de postura que o ministro espera é que as empresas privadas possam entender que investir em inovação é aumentar a competitividade e agregar maior valor aos seus produtos no mercado, além de gerar mais empregos. Nos últimos três meses o Ministério de Ciência e Tecnologia investiu R$ 1,4 bilhão em inovação no país, por meio das instituições de fomento. O valor aplicado em pesquisa e desenvolvimento representa atualmente 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A expectativa é que esse percentual chegue a pelo menos 2% até o fim do ano.

Para alcançar esse objetivo será necessário investir em Tecnologia da Informação. "O grande desafio é transferir ciência e tecnologia como eixo estruturante do desenvolvimento. Nós viemos de um modelo industrial passivo", afirmou Mercadante, ressaltando a importância da substituição da importação de tecnologia - como no caso da indústria automotiva - por fomento à inovação. "Nós estamos dispostos a incentivar de todo jeito, inclusive com incentivos fiscais, o investimento em ciência, tecnologia e informação", concluiu. A aproximação entre setor produtivo e academia deverá ser o ponto chave da Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que este ano tem como tema "Redes de Inovação e Cadeias Produtivas" e ocorre até próxima quarta-feira. De acordo com o coordenador geral do evento, que conta com o apoio da Universidade de Fortaleza (Unifor), Mário Barra, a escolha da Capital cearense como sede da XI edição é sua a potencialidade industrial.

E é a indústria, a atividade que dá as melhores condições de retorno para a sociedade em valor agregado nos produtos ligados à inovação.

Outra razão, é que o Nordeste tem, segundo o vice-presidente da Anpei, Guilherme Lima, 6,2% das 1.770 empresas mapeadas pelo IBGE com atividades em inovação.

Potencialidades
"Número pequeno para as potencialidades da região", diz. O presidente da associação, Carlos Calmanovici, acredita que na nova economia, as empresas só se destacarão pela capacidade em inovar. 1.500 participantes se inscreveram para compartilhar cases e projetos na Anpei.

Cinturão Digital
O projeto da banda larga do Ceará foi apresentado pelo governador Cid Gomes ao ministro Aloízio Mercadante. O Cinturão Digital será inaugurado no próximo mês com cobertura de 92% da população urbana, 2.400 km de extensão de fibra ótica e velocidade de até 10 gigabytes.

MENOS POLUIÇÃOCarro "quadriflex" é apresentado
O carro quadriflex, como foi batizado pelo inventor, possui custo médio 20% maior que outro convencional
Pioneiro na construção de postes eólicos para iluminação pública no mundo, o fortalezense Fernando Ximenes acaba de desenvolver o primeiro carro quadriflex de que se tem notícia. O automóvel funciona, simultaneamente, à base de energia eólica e solar e combustível convencional (gasolina ou etanol).

Fernando salienta que seu invento vem para "revolucionar o segmento de carros convencionais". A proposta é reduzir a quantidade de gás carbônico (CO2) na atmosfera. Segundo ele, no cotidiano das grandes cidades, os automóveis contribuem com mais de 80% da emissão desse gás. O quadriflex, com seu funcionamento misto, deverá reduzir até 40% do uso de combustível em relação a um automóvel convencional.

Captador solar
Fernando Ximenes explica que o carro funciona por um captador solar no teto e por uma grade frontal que capta a velocidade do vento. Dessa forma, não há necessidade de recarregar a bateria. Ele reitera, também, que o motor do quadriflex está "desprendido", o que diminui a necessidade de aceleração, pois a geração de energia não é mais pela rotação do motor, e sim pela energia eólica e solar. Por conta disso, o invento ganha mais força, com 6 cavalos de potência. "A intenção não é aumentar velocidade nas ruas, mas diminuir o consumo de combustível e a emissão de CO2 no meio ambiente", explica.

O quadriflex tem um custo médio 20% maior que o de um carro convencional, o que, segundo o seu inventor, compensa pela economia do combustível. Fernando Ximenes indica que o esquema de funcionamento do equipamento eólico e solar em um automóvel pode ser instalado em qualquer carro convencional.

Outros passos
O próximo passo para Fernando Ximenes é o desenvolvimento do primeiro veículo totalmente sustentável, que deve sair ano que vem, como uma extensão do quadriflex. Além disso, ele também desenvolve uma pesquisa com cerâmica também autossustentável que dispensa o uso do carvão vegetal.

Em 2010, Ximenes, que é dono da empresa Gram Eollic, produziu o primeiro poste híbrido. O equipamento gera energia a partir da iluminação solar e velocidade dos ventos.




Nenhum comentário:

Postar um comentário