quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Brasil, sobe um pouco seu IDH e continua escorregando na educação

Brasil é o 84º do ranking de IDH da ONU. 

Do educAÇÃO BR
"É evidente que o Brasil precisa melhorar seus índices educacionais para melhorar seu desenvolvimento humanos, como todos os analistas costumam destacar. Mas não deve deixar de lado seus esforços para combater a pobreza extrema e reduzir a desigualdade social." Pois bem, sem educação não há desenvlvimento humano, então nada de comemoração por algumas posições a frente, estamos entre os 15 países com a pior distribuição de renda do mundo, estas poucas posições não fazem o Brasil aparentemente ser melhor, falta literalmente condição de qualidade de vida para milhões de brasileiros, isso sim é visivel todos os dias.

Não adianta esperar uma melhor qualidade de vida se o que proporciona isto para qualquer cidadão no Brasil ainda é negado, uma educação de qualidade. E isto logo se aprende na escola ou em casa, - sem o estudo você não chega a lugar nenhum meu filho, sendo assim, vamos continuar engolindo cantos de vitória do governo e do PNUD ou vamos encarar que não há necessariamente um paralelo da situação de avanço econômico com desenvolvimento social em nosso país, falta educação do governo, por tanto, falta a do povo primeiro. 

De Carta Capital


Apesar da 84ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2011, desempenho vexatório para um país com a sétima maior economia do mundo, o Brasil tem melhorado a sua performance nos últimos anos. Tanto que, ao divulgar o novo relatório, na manhã desta quarta-feira 2, o escritório brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pontuou que, na evolução de posições do ranking de 2006 a 2011, “o Brasil está entre os 24 países com melhor desempenho, ou seja, aqueles que subiram três ou mais posições”. Nem por isso há tantos motivos para celebrar.

De fato, na comparação com o ano anterior, o País avançou uma posição. Em 2010, o Brasil obteve a classificação 73 entre as 169 nações analisadas. Com a inclusão de 18 novos países e territórios reconhecidos pela ONU no cálculo, atingindo o número recorde de 187 estados avaliados, os pesquisadores do Pnud reclassificaram os desempenhos em anos anteriores. Daí a constatação de que o Brasil passou do 85º lugar para o 84º entre 2010 e 2011. O atual índice brasileiro (0,718) mantém o País no grupo de nações com desenvolvimento humano considerado elevado e está acima da média global (0,682). Comparado aos demais países dos Brics, só perde para a Rússia (0,755).

Gráfico com o IDH dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul): só a Rússia supera o Brasil
Há, contudo, um aspecto que costuma ser deixado em segundo plano nas avaliações sobre o IDH. Desde 2010, o Pnud divulga uma lista de países com o IDH ajustado à desigualdade (IDHAD). Neste ano, o índice brasileiro foi de 0,519, valor 27,7% inferior ao aferido pelo IDH tradicional. Isto ocorre em função das variáveis consideradas em um e outro indicador. O IDH convencional é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. No quesito renda, por exemplo, é considerada a renda per capita, uma média que mascara os problemas decorrentes da desigualdade social.

Como o Brasil está entre 15 países com pior distribuição de renda do planeta, o nosso IDHAD apresenta um valor bem abaixo do IDH tradicional, em alguns casos até inferior ao de nações africanas como o Gabão. No ranking do IDH convencional, estamos 22 posições à frente dos gabonenses. Ao considerar as variáveis de desigualdade, o desempenho do Gabão (0,543) é superior ao nosso. “Nesta área, o Brasil se insere em um contexto semelhante ao da América Latina, onde a desigualdade – em especial de renda – faz parte de um passivo histórico que ainda representa um grande obstáculo para o desenvolvimento humano. Mas o relatório elogia os esforços e avanços da região na tentativa de reduzir estes números, e faz menção às conquistas de Argentina, Brasil, Honduras, México e Peru”, registra o Pnud.

Fato é que, no ranking dos 137 países que calculam o IDH ajustado à desigualdade, o Brasil cairia 13 posições, ficaria numa ainda mais vexatória 97ª posição. É evidente que o Brasil precisa melhorar seus índices educacionais para melhorar seu desenvolvimento humanos, como todos os analistas costumam destacar. Mas não deve deixar de lado seus esforços para combater a pobreza extrema e reduzir a desigualdade social.

Para ler a íntegra do relatório do Índide de Desenvolvimento Humano do Pnud, clique aqui.

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